terça-feira, 23 de junho de 2009
Trabalho de Espanhol
N : 20
Turma : Finanças
Prof. : Luís neto
Escola : E.E.F.M. GOV. LUIZ DE GONZAGA MOTA
Cultura espanhola
Brasão Oficial do Reino de España
A Cultura Espanha é provavelmente mais conhecida pelas touradas e pelo flamenco, mas conta também com pintores de fama mundial como são os casos de Salvador Dalí e de Pablo Picasso entre outros.
Outros dos pintores mais conhecidos são : Goya que viveu entre (1746-1828) e Velásquez (1599-1660), cujas obras podem ser admiradas no Museu do Prado, em Madrid. As obras mais importantes de Velásquez são " Las Meninas e "La Rendición de Breda".
Espanha tem também alguns compositores conhecidos mundialmente, nesse estão conhecidos cantores de ópera. Os compositores espanhóis de fama mundial incluem nomes como Enrique Granados, Isaac Albéniz, Manuel de Falla e Joaquín Rodrigo. Todos já ouvimos falar de Placido Domingo - o artista de ópera mais famoso de Espanha - assim como de José Carreras e de Montserrat Caballé.
As belas músicas e a danças flamencas surgiram no Sul de Espanha, mais precisamente na Andaluzia. Os ciganos enraizaram-se aqui, tendo desenvolvido a sua cultura em Espanha. Atualmente, a maioria das miúdas espanholas aprende a dançar sevillanas, uma das danças mais folclóricas.
O toureio ou a corrida de touros têm uma enorme importância na cultura espanhola. Foi no século XVIII que se tornou popular.
Música
Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes de óperas e sinfonias. No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta chamada zarzuela, que combina canto e diálogo. Os músicosmais cinhecidos da Espanha no século XX são o violoncelista Pablo Casals, o compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia.
Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças especiais. O acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.
O flamenco é uma emocionante mistura de dança, música e interpretação. Embora seja considerada parte da cultura espanhola, principalmente da região de Andaluzia, esse estilo musical tem fortes raízes ciganas e também árabes.
Originalmente o flamenco surgiu somente em forma de canto, sem nenhum tipo de acompanhamento. Seus intérpretes colocavam a alma em cena. Logo, surgiram as guitarras, o “cajón”, as castanholas,as palmas e também o sapateado que complementaram o cenário dessa bonita tradição. A guitarra flamenca tradicional é feita de uma madeira especial que a converte em mais leve e produz um som mais agudo.
Atualmente contamos com o flamenco jondo, que é a forma mais tradicional do flamenco, o flamenco clássico que utiliza acompanhamentos como a guitarra, a dança e o flamenco contemporâneo que mistura os dois anteriores e somam ao jazz.
Assistir a uma apresentação de flamenco é emocionar-se. A forma com que os artistas se envolvem nessa atmosfera de música tradicional e dança unidos à interpretação saída da alma é indescritível.
Cantores
Uxia Senlle
- Uma das mais belas vozes femininas da Espanha, a cantora galega Uxia Senlle se apresentou no Teatro Municipal de Niterói e no Teatro da UFF, com casa lotada. Acompanhada do pianista Paulo Borges, Uxia trouxe um repertório com composições próprias, fados e homenagens a amigos músicos, além de um poema de Luis de Camões. A obra da cantora de voz doce e suave, mas de presença marcante no palco, tem como base expressões musicais populares, sobretudo galegas.
Jabier Muguruza
– O cantor e acordeonista Jabier Muguruza, que se apresentou na quarta e quinta-feiras passadas no Teatro Municipal, animou a platéia com o som que une jazz à música tradicional da região do País Basco, num ritmo suave, lembrando a música popular brasileira. Bastante entusiasmado com a receptividade do público, o músico, que participa de vários projetos músico-literários, conversou muito com a platéia explicando a história de cada música que apresentava, sempre com bom humor e recebendo muitos aplausos.
Cuco pérez - “Nossas músicas são para dançar, não para ficar parado”. Foi assim que o arcodeonista Cuco Pérez convidou a platéia do Teatro da UFF e da Cantareira a participar do show, que realmente contagiou a platéia. O músico estava felicíssimo por estar no Brasil. “É um país muito querido”, disse ele. “Nossa expectativa para esta apresentação em Niterói era muito grande, e estamos muito contentes em estar nesta cidade. Este evento é uma forma muito importante de mostrar nossas raízes”, disse Cuco Pérez.
Ortophonk
- A Estação Cantareira se transformou numa verdadeira discoteca, na terça-feira, durante a apresentação do Ortophonk. O grupo mistura instrumentos tradicionais a samplers e pratos, misturando funk e jazz. A empolgação não ficou apenas com a platéia. Os integrantes também se surpreenderam com a receptividade do público. “Todos aqui são muito calorosos. Estamos encantados com a cidade”, disseram coro os integrantes. José Luiz Gutiérrez - Um dos maiores nomes do jazz contemporâneo da Península Ibérica, José Luiz Gutiérrez se apresentou no Teatro Municipal e na Estação Cantareira, acompanhado dos músicos Luiz Alberto Rodriguez Legido, Antonio Manorel Perez Bravo e Iñigo Azurmendi Muñoa. Além de jazz, o saxofonista, que nasceu na região de Castilha y Leon, fez incursões na música tradicional espanhola, no blues e na música clássica. Sua apresentação no Teatro Municipal contou com participação especial do músico niteroiense Marcelo Martins.
Festas /Feriados
· Janeiro
Festival Internacional de Música das Ilhas Canárias (La Palma e Tenerife.)Temporada de Ópera (Bilbao, Teatro Coliseo)Festival de Vídeo (Vigo, Galiza)
Fevereiro
Festival de Música Antiga (Sevilha, Andaluzia)Pasarela Cibeles (Festival da Moda em Madrid)Carnaval (em toda España)Arco (Feira Internacional de Arte, Madrid)
· Março
Semana de Música Sacra (em Cuenca)Las Fallas (Inicio das touradas, Valência)Rali Internacional de Carros Antigos (Barcelona)
· Abril
Feria Nacional del Queso (Semana do Quejo Espanhol, Cáceres)Mouros e Cristãos (Comemoração da vitória dos cristãos sobre os mouros, Alcoi)
· Maio
Fiesta de San Isidro (8-15 de maio, em Madrid). São as grandes festas da tourada, na praça de touros "Las Ventas".Feria del Caballo (Feira do Cavalo, Jerez de la Frontera)Concurso Nacional de Flamenco (a cada três anos, Córdoba)
· Junho
Copa del Rey (Final do Campeonato de Futebol)Festival Internacional de Música e Dança (Granada)Festival de Artes Gregas (Barcelona)
· Julho
Festival da Sidra (Nava, Astúrias)Festival Internacional de Santander (música, dança e teatro)Festival Folclórico dos Pirineus (Jaca, Aragón)Festival Internacional de Jazz (País Vasco)Festival de Teatro Clássico (Mérida)Festival de Guitarra (Córdoba)
· Agosto
Descida do Rio Sella (Corrida em caiaques, Astúrias)
· Setembro
Vuelta Ciclista a España (Corrida de Bicicleta)Festival de Otoño de Madrid (Teatro, música e dança)Festival de Cinema de San Sebastián (País Vasco)Bienal de Arte Flamenco (Sevilha)Festa Internacional do Folclore (Ronda, Málaga)
· Outubro
Festival do Açafrão (Toledo)
· Novembro
Los Magostos (Colheita da castanha em Sevilha)Festival Latino-Americano de Cinema (Huelva)
· Dezembro
El Gordo (maior prêmio da Loteria espanhola)Noche Buena (Dia 24 véspera do Natal)Noche Vieja (Dia 31 na Porta do Sol em Madrid)
Folclore
As antigas características regionais de Castela, Andaluzia, Galícia, Catalunha e das províncias bascas, acentuadas por contrastes naturais, continuam a existir, embora haja diferenças quanto à resistência em assimilar novos costumes. As comunidades locais preservam sua vitalidade, muitas vezes enfraquecida pela centralização do governo.Por outro lado, a industrialização criou classes superiores de banqueiros e homens de negócio que trazem consigo algum espírito de renovação. A própria Igreja espanhola, a partir do concílio ecumênico, tem cedido às pressões do Vaticano, promovendo reformas econômicas e sociais.
No entanto, os costumes tradicionais - alguns de grande beleza - persistem. A Festa é um dos principais traços da vida social espanhola, não só nos pueblos mas também nas cidades. Elas ocorrem em dias santificados e incluem peregrinações, feiras especiais, carnaval tudo acompanhado de fogos de artifício e touradas. As romerías aos lugares santos acontecem sobretudo no verão. Uma das mais conhecidas é a del Rocio, realizada no dia de Pentecostes, em Huelva. A verbena é uma feira noturna em cidades e vilas, principalmente Madri. Sevilha tem a sua feira de abril e a famosa procissão de semana santa, que dura vários dias. Valência é conhecida pela procissão de São José, em que se destacam enormes bonecos; em Pamplona há uma festa em que touros jovens são soltos pelas ruas e os habitantes transformam-se em "toreadores". A tourada, aliás, é o espetáculo nacional por excelência.
Museus
· A Casa Museu Gaudí, a morada do brilhante
arquitecto,é apenas uma parte dos edifícios
modernistas que os visitantes podem ver no
mágico e fascinante Parc Güell, uma obra-prima
universal que inclui obras do próprio Gaudí e dos
seus principais colaboradores.
· fundação Antoni
TápiesCriada por Antoni Tàpies em 1984 como uma instituição dedicada ao estudo da arte contemporânea, a sua biblioteca tornou-se uma das mais importantes do mundo na sua especialidade.
A Fundació Antoni Tàpies está instalada no edifício onde funcionou a prestigiada Editorial Muntaner i Simón, desenhado pelo grande arquitecto modernista Lluís Domènech i Montaner, em 1880; o edifício é coroado por uma escultura vanguardista da autoria do próprio Tàpies.
A fundação possui uma grande colecção de desenhos, pinturas,esculturas e gravuras produzidos por Tàpies, e organiza interessantes exposições temporárias.
Touradas
O espetáculo da-se numa Plaza de Toros (Praça de Touros). Na Arena. Algo parecido a um ginásio esportivo, porém com outras características. Neste lugar, as pessoas se sentam em arquibancadas (Tendidos) para assistirem a tourada (Corrida). Em todas as corridas o toro sai sacrificado.
Inicia-se com a solta do touro na arena, onde se dará a primeira das três fases da corrida, que são chamadas de (tercios). Na primeira etapa, denominada de (tercio de varas), o matador enfrenta o touro com uma capa vermelha, o qual é ajudado pelos (peones) seus assistentes, os quais buscam levar o touro para ser perfurado pelo picador (cavaleiro com lança), este monta um cavalo todo protegido contra as centenas de chifradas que o touro manifesta. Assim que o picador dá as suas estocadas no touro, enfraquecendo os seus músculos, inicia-se a segunda etapa, o (tercio de banderillas). Onde os banderilleros enfiam as banderillas (dardos afiados) nas costas do touro provocando ainda mais o touro e debilitando este também. As fotos acima mostram um touro com banderillas nas costas. A terceira e última etapa (tercio de muleta), o toureiro faz o espetáculo ficar bem bonito, com os gritos da platéia de olé-olé, ele usa a muleta (capa) fazendo passes para que o touro fique cada vez mais cansado, e tira os suspiros da torcida. As vezes, os toureiros perdem a vida neste tão perigoso tercio. Como foi o caso de Manolete, um dos maiores matadores que já existiu. Morreu em 1947 ferido pelo touro Islero em Linares, Jaén. E tantos outros toureiros. Enfim, depois de tantos passes, gritos de olé, o matador se prepara para dar a estocada final. Com um movimento da muleta e a aproximação do touro, este enfia toda a sua espada fazendo o touro cair. É o final do espetáculo. Caso o touro não chegue a morrer com essa estocada. Rapidamente ele é sacrificado, para não ocorrer o sofrimento do animal. Com o termino da festa, vem uma carroça, com cavalos todos enfeitados e faz o arrastre de toros (tiram o touro morto da arena).
A Fiesta de San Isidro (8-15 de maio, em Madrid). São as grandes festas da tourada, na praça de touros "Las Ventas".
· Pintores
Osmaiores e principais pintores espanhóis durante o belo Século de Ouro foram El Greco, Murillo e Velázquez. Um dos primeiros mestres da arte moderna, Goya, destacou-se durante o final do século XVIII e começo do século XIX.
O mais conhecido artista espanhol depois de 1900 foi Pablo Picasso. Ele criou, além de suas pinturas, magníficos desenhos, esculturas, gravuras e cerâmicas. Entre outros destacados pintores espanhóis modernos encontram-se Salvador Dali, Juan Gris, Joan Miró e Antonio Tapies.
· Figura antiga Fritando Ovos
Obra Prima do Dia (Semana de Velásquez)
· Comidas e bebidas
A comida espanhola tem uma boa recomendação no mundo todo. As mais saborosas sãos as tapas, a Paella, gazpacho (uma sopa gelada feita de pão, alho, tomates, pepinos e pimentões), chorizo (lingüiça, temperada com alho e páprica), guisado, sopas, feijões, frutos do mar e as carnes entre outros.
Na Espanha existem muitas bebidas típicas como a sangria, o ponche, montilla, licores Calisay e Cuarenta e três.Uma das bebidas mais tradicionais na Espanha é a Sangria,que é feita com frutas e vinho tinto .
Calimocho ,Vino ,Cerveza Sangria ,Tinto de Verano ,Chupitos, Mojito ,Cava, Clar são outras delícias.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
A língua portuguesa, com mais de 240 milhões de falantes[8], é, como língua nativa, a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. É o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sendo também falada nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli), além de ter também estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana.
A situação da Galiza e do galego em relação ao português é controversa. De um ponto de vista político e, portanto, oficial, o galego é uma língua porque assim o determinam os organismos de Estado espanhol e da Região Autónoma da Galiza, com legitimidade democrática. De um ponto de vista científico, a ideia de que o galego é uma variedade dialectal da língua portuguesa — e viceversa — reúne hoje um vasto consenso, sendo estudado a par com as restantes variedades do português nas universidades e centros de investigação linguística. Ver o artigo Língua galega.
A língua portuguesa é uma língua românica (do grupo ibero-românico), tal como o castelhano, catalão, italiano, francês, romeno e outros.
Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (português brasileiro e português europeu). No momento actual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (note-se que línguas como o inglês têm diferenças de ortografia pontuais mas não ortografias oficiais divergentes), situação a que o Acordo Ortográfico de 1990 pretende pôr cobro.
Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem, atualmente, cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas), "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac[9]). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[10]
Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas Africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas. Como resultado dessa expansão, o português é agora língua oficial de oito países independentes além de Portugal, e é largamente falado ou estudado como segunda língua noutros. Há, ainda, cerca de vinte línguas crioulas de base portuguesa. É uma importante língua minoritária em Andorra, Luxemburgo, Paraguai, Namíbia, Suíça e África do Sul. Encontram-se, também, numerosas comunidades de emigrantes, em várias cidades em todo o mundo, onde se fala o português como Paris na França; Toronto, Hamilton, Montreal e Gatineau no Canadá; Boston, New Jersey e Miami nos EUA e Nagoya e Hamamatsu no Japão.HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
A língua portuguesa está intimamente relacionada com os acontecimentos históricos que se sucederam na Península Ibérica.
Pouco se sabe acerca dos povos que teriam habitado o solo peninsular antes da chegada dos romanos (séc. III a. C.). De entre esses faz-se referência aos iberos, aos celtas, aos fenícios, aos gregos e aos cartagineses.
A Península Hispânica fora habitada, em tempos muito remotos, pelos Iberos, povo agrícola e pacífico. Por volta do século VI antes de Cristo, este território fora invadido pelos Celtas, um povo turbulento e guerreiro. E a prolongada permanência provocou o cruzamento entre estes dois povos, dando origem à denominação de Celtiberos.
Depois, os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses estabeleceram colónias comerciais em vários pontos da Península.
Como estes últimos pretendiam apoderar-se de todo o solo peninsular, os Celtiberos pediram socorro aos Romanos.
ROMANIZAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA
É assim que os Romanos invadem a Península, no século III antes de Cristo, com o intuito de travar a expansão dos Cartagineses, dado que estes constituíam uma séria ameaça ao domínio do mundo mediterrâneo pretendido por Roma.
Vencidos os Cartagineses, os Romanos acabaram por dominar toda a Península, tanto no aspecto político-militar quanto no aspecto cultural, nomeadamente no que respeita à língua. A civilização latina foi-se impondo através da abertura de escolas, da construção de estradas e de templos, pela incrementação do comércio, pelo serviço de correio, etc. Consequentemente, a sua língua, o Latim tornou-se indispensável e obrigatório, suplantando os idiomas já existentes.
Mas como é fácil prever, o Latim dos soldados romanos não era o mesmo dos escritores. Era o Latim usado pelo povo, chamado Latim Vulgar.
Já o povo peninsular se encontrava totalmente romanizado, quando, no século V da era cristã, a Península voltara a ser invadida e assolada, desta vez pelo povos bárbaros germanos (alanos, suevos, vândalos, visigodos), gente essencialmente guerreira e de cultura inferior à alcançada ao longo do processo de romanização. Daí que os bárbaros, apesar de vencedores, acabassem por adoptar a civilização e a língua latinas. Mas isto não impediu a dissolução da unidade política do império, uma vez que os bárbaros, basedos no pressuposto de que a instrução fragilizava o espírito bélico dos soldados, decretaram o encerramento das escolas.
Se este facto motivou o enfraquecimento da nobreza romana, somar-se-lhe-ia entretanto um outro que a condenaria ao seu desaparecimento: as letras latinas, preservadas e cultivadas no silêncio dos mosteiros, viriam a ser proibidas por um cristianismo radical e exacerbadamente purificador, por as considerar contaminadas pelo espírito pagão.
TRANSFORMAÇÃO DO LATIM VULGAR EM DIALECTO
À queda e fragmentação do Império Romano sucede-se a supressão dos elementos unificadores do idioma. Isto é, o Latim Vulgar, já substancialmente modificado pela acção do substrato linguístico peninsular, perde progressivamente terreno e desenvolve-se diferentemente
Chegados ao século VII, os árabes, vindos do Norte de África, invadiram a Península. Como a sua cultura era superior à que o povo peninsular possuía, eles tentaram impor a sua língua como oficial. Porém, os habitantes da Península, sentindo as enormes oposições de raça, de língua e de religião que os separavam do povo vencedor, não aceitaram a sua civilização e continuaram a falar o "romance" (o Latim Vulgar, contaminado por diversos substratos). No entanto, algumas povoações acabaram por receber directamente a influência dos árabes, formando uma espécie de comunidades mistas, denominadas "moçárabes", mas mantendo independência quanto ao culto religioso.
Por estas razões se compreende que o povo árabe, cultural e civilizacionalmente superior, não tenha tido, ao longo dos mais de sete séculos de ocupação peninsular (expulsos em 1492, por Fernando de Aragão e Isabel de Castela), uma forte influência no tocante à língua portuguesa. A maioria dos vocábulos que o nosso idioma absorveu desse povo caracaterizam-se pelo prefixo AL, que corresponde ao artigo definido árabe, como documentam os seguintes exemplos: álgebra, algibeira, álcool, alcatifa, alface, algarismo, alfazema, alcachofra, almofada, alfinete, algema, algodão, alqueire, etc.
II. O DESPERTAR DA EMANCIPAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
O processo de expulsão do povo árabe da Península foi longo e penoso. Nos finais do século XI, sob a bandeira de D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, muitos fidalgos acorreram em auxílio do monarca para libertar o reino da presença do infiel. Entre eles destaca-se D. Henrique, conde de Borgonha, que, pelos serviços à coroa e à causa cristã, recebera em casamento a filha do rei, D. Tareja, e, por dote, o governo do Condado Portucalense, um pequeno território situado na costa ocidental da Península, entre os rios Douro e Minho.
D. Afonso Henriques, filho do conde D. Henrique, continuou a luta contra os mouros, pretendendo transformar o reino de Leão e Castela num estado independente. De entre os inúmeros combates, ganhou particular importância a batalha de Ourique, em 1139, quer pela vitória alcançada sobre os árabes, quer também pelo facto de os soldados, antes de se iniciar o combate, terem aclamado D. Afonso Henriques de rei de Portugal. Mas só em 1143 seria reconhecida a independência do Condado Portucalense e D. Afonso Henriques proclamado rei. E daqui nasceria Portugal.
Nessa região, onde fora fundada a monarquia portuguesa, falava-se um dialecto denominado galaico-português, expressão linguística comum à Galiza e Portugal. Mas, à medida que Portugal alargava os seus domínios para Sul, ia absorvendo os falares (ou romances) que aí existiam e, consequentemente, ia-se diferenciando do galego, até se constituirem como línguas independentes: o galego acabou por ser absorvido pela unidade castelhana, e o português, continuando a sua evolução, tornar-se-ia a língua de uma nação.
III. FASES DE EVOLUÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Segundo Leite de Vasconcelos, há a considerar na evolução da língua portuguesa três fases: pré-histórica, proto-histórica e histórica.
__ Fase Pré-Histórica: começa com as origens da língua e vai até ao século IX. Entre o século V e o século IX temos o que geralmente se denomina romance lusitânico. Ao longo deste período encontramos somente documentação em Latim Vulgar.
__ Fase Proto-histórica: estende-se do século IX ao século XIII. Nesta fase encontram-se já, nos documentos redigidos em Latim Bárbaro (o Latim dos notários e tabliães da Idade Média), palavras e expressões originárias dos romances locais, entre os quais aquele que dera origem ao Português. Donde se deduz que a língua já era falada, mas não escrita.
__ Fase Histórica: inicia-se no século XII e estende-se até aos nossos dias. Esta fase compreende dois períodos:
1. Período do Português Arcaico: vai do século XII ao século XV.
O primeiro texto inteiramente redigido em português data do século XII. Pensou-se durante muito tempo tratar-se da Cantiga da Guarvaya, também chamada "Cantiga da Ribeirinha", porque dedicada a D. Maria Paes Ribeiro, a «Ribeirinha», amante de D. Sancho I:
"No mundo non me sei parelha,
mentre me for' como me uay
ca ia moiro por uos e ay!
mha senhor branca e uermelha,
queredes que uos retraya
quando uos eu ui en saya!
Mao dia me leuantei,
que uos enton non ui fea!
E, mha senhor, des aquel di' ay!
me foi a mi muyn mal,
e uos, filha de don Paay
Moniz, e ben uus semelha
d' auer eu por uos guaruaya
pois eu, mha senhor, d' alfaya
nunca de uos ouue nem ei
ualia d' üa correa." (colocámos o ü por não dispormos de meios para grafar u com til.)
Cancioneiro da Ajuda
[VOCABULÁRIO: parelha = semelhante, igual; mentre = enquanto, entrementes; ca = pois, porque; moiro = morro; queredes = quereis; retraya = retrate, evoque; que uos enton non ui fea = que então vos vi linda (por litote); mi = mim; semelha = parece; guaruaya = manto escarlate próprio dos reis.]
Porém, o tempo veio provar que o autor desta composição, Paio Soares de Taveirós, se situa no segundo terço do século XIII e não no século XII, como Carolina Micaëlis havia suposto, ao considerar esta cantiga como escrita em 1189 ou 1198.
Para já, tudo parece indiciar que a a Notícia de Torto (antes de 1211?) e o Testamento de Afonso II (1214) serão os mais antigos documentos não literários escritos em Português. Quanto às composições de carácter literário, pensa-se que João Soares de Paiva, a quem se deve uma cantiga de maldizer, segundo López Aydillo datada de 1196, terá sido o primeiro poeta a escrever em idioma português.
A partir dessa altura, aparecem outros textos de poesia e, mais tarde, surgem os primeiros textos em prosa.
As poesias reunidas nos "Cancioneiros" e as "Crónicas" de Fernão Lopes, Gomes Eanes de Zurara e Rui de Pina são textos que documentam este período arcaico.
Em 1290, D. Dinis, o rei 'Trovador', torna obrigatório o uso da língua portuguesa e funda, em Coimbra, a primeira Universidade.
2. Período do Português Moderno: do século XVI até aos nossos dias.
Por influência dos humanistas do Renascimento, o século XV ficou marcado por um aperfeiçoamento e enriquecimento linguísticos. Ao mesmo tempo que se procurava, ao nível das artes e das Letras, imitar os modelos latinos, tentava-se igualmente aproximar a Língua Portuguesa da língua-mãe. Como a coroar esse processo, aparece, em
É neste mesmo século que surgem as primeiras tentativas de gramaticalização da língua. Fernão de Oliveira edita, em
A partir do século XV, através da expansão marítima, os portugueses descobrem novas terras e a elas levam a sua língua, estendendo deste modo o espaço geográfico
quinta-feira, 16 de abril de 2009
FÍSICA:
Física é a ciência que trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que eles exercem e os resultados destas forças. O termo vem do grego φύσις (physis), que significa natureza, pois nos seus primórdios ela estudava indistintamente muitos aspectos do mundo natural. A Física difere da Química ao lidar menos com substâncias específicas e mais com a matéria exata em geral, embora existam áreas que se cruzem como a Físico-química (intimidade da matéria). Desta forma, os físicos estudam uma vasta gama de fenômenos físicos em diversas escalas de comprimento: das partículas subatômicas das quais toda a matéria é originada até o comportamento do universo material como um todo (Cosmologia).
Como ciência, a Física faz uso do método científico. Baseia-se na Matemática e na Lógica para a formulação de seus conceitos.
Divisões
Um sistema de divisão da Física pode ser feito levando-se em conta a magnitude do objeto em análise. A física quântica trata do universo do muito pequeno, dos átomos e das partículas que compõem os átomos; a física clássica trata dos objetos que encontramos no nosso dia-a-dia; e a física relativística trata de situações que envolvem grandes quantidades de matéria e energia.
A divisão mais tradicional, no entanto, é aquela feita de acordo com as propriedades mais estudadas nos fenômenos. Daí temos a Mecânica, quando se estudam objetos a partir de seu movimento ou ausência de movimento, e também as condições que provocam esse movimento; a Termodinâmica, quando se estudam o calor, o trabalho, as propriedades das substâncias, os processos que as envolvem e as transformações de uma forma de energia em outra; o Eletromagnetismo quando se analisam as propriedades elétricas, aquelas que existem em função do fluxo de elétrons nos corpos; a Ondulatória, que estuda a propagação de energia pelo espaço; a Óptica, que estuda os objetos a partir de suas impressões visuais; a Acústica, que estuda os objetos a partir das impressões sonoras; e mais algumas outras divisões menores.
Áreas da Física
- Áreas principais
- Física de Partículas
- Física Atômica
- Física Molecular
- Física Nuclear
- Mecânica Quântica
- Mecânica Estatística
- Aplicações na tecnologia
- Outras áreas
- Física de Materiais
- Mecânica estatística
- Física Matemática
- Física de Plasmas
- Oceanografia
- Econofísica
- Física atmosférica
- Astrofísica
- Aplicações em outras ciências
- Físico-química (na química)
- Astrofísica (na astronomia)
- Geofísica (na geologia)
- Biofísica (na biologia)
- Física Médica (na medicina)
- Agrofísica (na agronomia)
- Econofísica (em finanças)
Técnicas da Mecânica Estatística têm encontrado aplicações em neurociência, economia, teoria da informação e teoria da computação.
Filosofia da Física
Muito sobre a filosofia que envolve a física pode ser encontrado em Filosofia, Metafísica, Ciência e método científico. Entretanto, existem filosofias peculiares da Física.
Um exemplo de filosofia física é o Determinismo Científico, que diz que tudo que existe não passa de partículas e que o movimento dessas partículas é determinado para sempre quando determina-se a posição e a velocidade da partícula no momento atual. Ou seja, conhecendo a posição de todas as coisas e a sua velocidade, poderia se conhecer todo o passado e o futuro. O determinismo stricto sensu não existe na Física Quântica, pela qual só se pode determinar probabilidades de posições e velocidades, nunca valores exatos.
Um exemplo de filosofia muito forte entre os físicos é o Reducionismo. Segundo essa linha de pensamento, é possível escrever leis básicas que descrevem o comportamento do Universo. Todo tipo de conhecimento poderia ser reduzido a essas leis básicas. Por exemplo, acredita-se que todos os fenômenos químicos possam ser deduzidos da Física Quântica, se o número de cálculos envolvidos for viável. Um dos propósitos da Física, talvez o principal, é encontrar essas leis básicas que regem o Universo. O Reducionismo coloca a Física na posição da ciência mais básica de todas, pois a partir dela seria possível se obter todas as outras. Isso quer dizer que todos os conceitos das outras ciências poderiam ser reduzidos a conceitos físicos. Entretanto, ao contrário do que pode parecer, essa visão não tenta caracterizar as outras ciências como inúteis, pois o conhecimento das leis básicas não garante que seja viável tratar sistemas complexos sem se utilizar de conceitos derivados delas. Por exemplo, muitos conceitos da Química são úteis porque não é viável nem necessário tratar os sistemas puramente com Física Quântica
EXPERIMENTOS:
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quarta-feira, 15 de abril de 2009
São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as religiões que tiveram origem nas Religiões tradicionais africanas, que foram trazidas para o Brasil pelos negros africanos, na condição de escravos.
Religiões afro-brasileiras |
Religiões afro-brasileiras Princípios Básicos Deus Templos afro-brasileiros Literatura afro-brasileira Religiões semelhantes |
- Babaçuê - Pará
- Batuque - Rio Grande do Sul
- Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
- Candomblé - Em todos estados do Brasil
- Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
- Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo
- Macumba - Rio de Janeiro
- Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo
- Quimbanda - Rio de Janeiro, São Paulo
- Tambor-de-Mina - Maranhão
- Terecô - Maranhão
- Umbanda - Em todos estados do Brasil
- Xambá - Alagoas, Pernambuco
- Xangô do Nordeste - Pernambuco
As religiões afro-brasileiras na maioria são relacionadas com a religião yorùbá e outras religiões tradicionais africanas, é uma parte das religiões afro-americanas e diferentes das religiões afro-cubanas como a Santeria de Cuba e o Vodou do Haiti pouco conhecidas no Brasil.
Candomblé
Antes da abolição da escravatura em 1888, os negros escravizados fugidos das fazendas, reuniam-se em lugares afastados nas florestas em agrupamentos ou comunidades chamadas quilombos, depois da libertação, os africanos libertos reuniam-se em comunidades nas cidades que passaram a chamar de candomblé. Candomblé é o nome genérico que se dá para todas as casas de candomblé independente da nação. A palavra candomblé a princípio era usado para designar qualquer festa dos africanos, teria sua origem nas línguas bantu da palavra Candombe que no Uruguai é um ritmo musical afro-uruguaio que deve existir também em outros países que receberam escravos africanos.
Iniciação
Nas religiões afro-brasileiras, vários termos são usados para designar iniciação.
Cada uma das religiões tem seus termos próprios, iniciação, feitura, feitura de santo, raspar santo, são mais usados nos terreiros de candomblé, Candomblé de Caboclo, Cabula, Macumba, Omoloko, Tambor de Mina, Xangô do Nordeste, Xambá. Nestes casos o período de iniciação é de no mínimo sete anos, se inserem os rituais de passagem, que indicam os vários procedimentos dentro de um período de reclusão que geralmente é de 21 dias (mas pode variar dependendo da religião), o aprendizado de rezas, cantigas, línguas sagradas, uso das folhas (folhas sagradas), catulagem, raspagem, pintura, imposição do adoxú e apresentação pública, é individual e faz parte dos preceitos de cada pessoa que entra para a religião dos orixás no Batuque usa-se o termo fazer a cabeça ou feitura. No Culto de Ifá e no Culto aos Egungun usam o termo iniciação porém os preceitos são diferentes das outras religiões.
No Candomblé Jeje a iniciação ao culto dos voduns é complexa e longa, pode envolver longas caminhadas a santuários e mercados e períodos de reclusão dentro do convento ou terreiro hunkpame, que podem chegar a durar um ano, onde os neófitos são submetidos a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas e votos de segredo e obediência.
A princípio, nessas cerimônias, tem que haver o desprendimento total, na iniciação deve-se morrer para renascer com outro nome para uma nova vida, no candomblé Ketu o Orunkó do Orixá (só dito em público no dia do nome), no Candomblé bantu além do nome do Nkisi (jamais revelado), tem a dijína pelo qual será chamado o iniciado pelo resto da vida.
Quando uma pessoa iniciada morre é feito o deligamento do Egum, Nvumbe na cerimônia fúnebre e no Axexê, conhecido pelos nomes de sirrum e zerim, que varia dependendo do grau iniciático do morto.
Na Umbanda e Quimbanda não incluem os ritos de passagem, nem feitura de santo propriamente dita, uma vez que não incorporam Orixás incorporam os Falangeiros de Orixás, usa-se o termo fazer a cabeça onde pode existir a catulagem e pintura, porém a cabeça não é raspada completamente, e não tem imposição do adoxú. A reclusão nesses casos é de três a sete dias, é feita a instrução esotérica, aprendizado das rezas e pontos riscados e cantados, e é feita a apresentação pública.
Pajelança, Babaçuê, são de origem indigena, porém já adotam algumas influências da Umbanda.
O "Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira" (Cenarab), a Baixada Fluminense tem 3,8 mil terreiros contra apenas 1,2 mil na área de Salvador e do Recôncavo Baiano, informação dada por Jairo Pereira, do Cenarab em 1997.
Crenças
De todas as religiões afro-brasileiras, a mais próxima da Doutrina Espírita é um segmento (linha) da Umbanda denominado de "Umbanda branca", e que não tem nenhuma ligação com o Candomblé, o Xambá, o Xangô do Recife ou o Batuque. Embora popularmente se acredite que estas últimas sejam um tipo de "espiritismo", na realidade trata-se de religiões iniciáticas animistas, que não partilham nenhum dos ensinamentos relacionados com a Doutrina Espírita. Entretanto, outros segmentos da Umbanda podem ter algumas semelhanças com a Doutrina Espírita, mas também com o Candomblé por causa da figura dos Orixás.
No tocante específicamente ao Candomblé, crê-se na sobrevivência da alma após a morte física (os Eguns), e na existência de espíritos ancestrais que, caso divinizados (os Orixás, cultuados coletivamente), não materializam; caso não divinizados (os Egungun), materializam em vestes próprias para estarem em contacto com os seus descendentes (os vivos), cantando, falando, dando conselhos e auxilindo espiritualmente a sua comunidade. Observe-se que o conceito de "materialização" no Candomblé, é diferente do de "incorporação" na Umbanda ou na Doutrina Espírita.
- Em princípio os Orixás só se apresentam nas festas e obrigações para dançar e serem homenageados. Não dão consulta ao público assistente, mas podem eventualmente falar com membros da família ou da casa para deixar algum recado para o filho. O normal é os Orixás se expressarem através do jogo de Ifá, (oráculo) e merindilogun.
- Dependendo da nação ou linha de candomblé, os candomblés tradicionais não fazem a princípio contato com espíritos através da incorporação para consultas, é possível mas não é aceito.
- Já o candomblé de caboclo tem uma ligação muito forte com caboclos e exus que incorporam para dar consultas, os caboclos são diferentes da Umbanda.
- E existem os candomblés cujos pais de santo eram da Umbanda e passaram para o candomblé que cultuam paralelamente os Orixás e os guias de Umbanda.
No Candomblé, todo e qualquer espírito deve ser afastado principalmente na hora da iniciação, para não correr o risco de um deles incorporar na pessoa e se passar por orixá, o Iyawo recolhido é monitorado dia e noite, recorrendo-se ao Ifá ou jogo de búzios para detectar a sua presença. A cerimónia só ocorre quando este confirma a ausência de Eguns no ambiente de recolhimento.
Afastam todo e qualquer espírito (egun), ou almas penadas, forças negativas, influências negativas trazidas por pessoas de fora da comunidade. Acredita-se que pessoas trazem consigo boas e más influências, bons e maus acompanhantes (espíritos), através do jogo de Ifá poderá se determinar se essas influências são de nascimento Odu, de destino ou adquiridas de alguma forma.
Os espíritos são cultuados, nas casas de Candomblé, em uma casa em separado, sendo homenageados diariamente uma vez que, como Exú, são considerados protetores da comunidade.
Existem Orixás que já viveram na terra, como Xangô, Oyá, Ogun, Oxossi, viveram e morreram, os que fizeram parte da criação do mundo esses só vieram para criar o mundo e retiraram-se para o Orun, o caso de Obatalá, e outros chamados Orixá funfun (branco).
Os Orixás que são cultuados pela comunidade em árvores como é o caso de Iroko, Apaoká, os orixás individuais de cada pessoa que é uma parte do Orixá em si e são a ligação da pessoa, iniciada com o Orixá divinizado.
Ou seja uma pessoa que é de Xangô, seu orixá individual é uma parte daquele Xangô divinizado com todas as características, ou como chamam arquétipo.
Existe muita discussão sobre o assunto: uns dizem que o Orixá pessoal é uma manifestação de dentro para fora, do Eu de cada um ligado ao orixá divinizado, outros dizem ser uma incorporação mas é rejeitada por muitos membros do candomblé, justificam que nem o culto aos Egungun é de incorporação e sim de materialização. Espíritos (Eguns) são despachados (afastados) antes de toda cerimônia ou iniciação do candomblé.